Poema das Viagens
(em verso cambado)
E voava pela Terra
Nem sequer olhar pra trás
Tanta luta, tanta guerra.
E passava Finisterra
Tanta fome, pouca paz.
E chegava inté à Lua.
Tanta ira, na cratera
Que, para o Sol, fugia.
Mas este, tod'ardente,
mau, eriçado, rugia.
Pass'asinha para lá
Da estrela mais distante
Como puro diamante.
Mesm'então, só azedume
Tanta raiva, tanto lume.
E n'espaço mais profundo,
Onde nem a Luz alcança
Descobri uma criança ...
Que m'espetou uma lança
(E, na morte,
enfim,
a bonança).
Nem sequer olhar pra trás
Tanta luta, tanta guerra.
E passava Finisterra
Tanta fome, pouca paz.
E chegava inté à Lua.
Tanta ira, na cratera
Que, para o Sol, fugia.
Mas este, tod'ardente,
mau, eriçado, rugia.
Pass'asinha para lá
Da estrela mais distante
Como puro diamante.
Mesm'então, só azedume
Tanta raiva, tanto lume.
E n'espaço mais profundo,
Onde nem a Luz alcança
Descobri uma criança ...
Que m'espetou uma lança
(E, na morte,
enfim,
a bonança).
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